- ESNOBAR. Mostrar que é “bom”. Complicar. Escrever difícil.Não se preocupe em demonstrar cultura e conhecimento excessivos. As coisas realmente boas e valiosas são simples. Os grandes sábios são simples. As “grandes notas” vêm de redações simples. Não queira fazer experimentalismos linguísticos. Não tente neologismos léxicos ou sintáticos.
- PALAVRÃO. Nunca!
- CRITICAR A UNIVERSIDADE, AS AUTORIDADES, AS INSTITUIÇÕES é proibido. Esse negócio de “meter a lenha” não dá pontos. Faça a critica construtiva: mostre os erros e aponte soluções.
- SER NEGATIVA(O). Em tudo há um lado bom. Procure descobri-lo. Aponte alternativas, saídas. Sugira métodos e maneiras de solucionar as dificuldades e as chagas sociais. A maioria dos temas de vestibulares e concursos versam sobre “problemas sociais”. Eles querem saber o nosso posicionamento, o que pensamos, o que achamos, se conhecemos. A nossa participação é efetivada, exatamente, por meio de nossas prováveis soluções. É a forma de que dispomos para participar do contexto social.
- EVITE DEFINIÇÕES. Dado um tema como “A liberdade”, a maioria tende a sair definindo “A Liberdade é...” Isso indica pobreza de espírito. É sempre melhor criar uma história, relatar um episódio, dentro da qual e no decorrer do qual apareça o tema.
- O PONTO FINAL (.). Não o esqueça. Denota desleixo. Depõe contra você e … é erro!
- O PINGO NO i. É preciso colocar os pingos nos is! Não bolinhas, nem corações, pingos!
- CORTAR O t; A CEDILHA NO ç; A INICIAL MAIÚSCULA DE PERÍODO; AS MAIÚSCULAS NOS TÍTULOS; AS INICIAIS DE NOMES PRÓPRIOS, MAIÚSCULAS; ERRO ORTOGRÁFICO, ATÉ NO TÍTULO, É TERRÍVEL!
- ESTRANGEIRISMO. O emprego de vocábulo que não pertença ao nosso idioma só pode ser feito quando não haja, em português, palavra de sentido correspondente. Termo técnico, por exemplo. Se usada, a palavra deve vir entre aspas (“”) ou grifada. Ex. “Know-how”.
- ECO. É rima na prosa. Só artistas têm direito de recorrer a ela, que pode fornecer belos efeitos. Exemplo de eco (defeito): “Margarida levou toda a vida para atravessar a avenida.” ou “O Maneco entrou no boteco e bebeu uns trecos.”.
- GÍRIA. Via de regra não! A menos que se trate de diálogo, e entre como transcrição da linguagem de nível coloquial-popular. Fora isso, o uso da gíria será interpretado como pobreza vocabular. É negativo.
- NÃO ABREVIE PALAVRAS. Escreva-as todas por extenso, a menos que se trate de abreviações consagradas como por exemplo o “etc.”.
- EVITE REPETIR PALAVRAS. Use sinônimos. Repetir palavras revela pobreza vocabular ou desleixo.
- NÃO ESCREVA DEMAIS! No caso de não delimitarem o número de linhas, não vá além de vinte e cinco.
- NÃO “ENCHA LINGUIÇA”! À falta de ideias, não fique repetindo a mesma coisa com palavras diferentes! Isso é redundância, é terrível defeito!
- NÃO MANIPULE O TAMANHO DA LETRA PARA DAR IMPRESSÃO DE QUE ESCREVEU BASTANTE. Isso indispõe o avaliador, que julga conforme o tamanho padrão da letra; aumentar ou diminuir forçosamente a sua letra pode prejudicá-lo(a).
- NÃO SE DESCULPE DIZENDO QUE NÃO ESCREVEU MAIS PORQUE O TEMPO FOI POUCO. Não diga, também, que é a primeira redação.
- NÃO COMETA CACOFONIA, que é a palavra de sentido obsceno, chulo ou ridículo, formada pela junção de sílabas entre as palavras: Aqui ela disputa todos os dias... A boca dela... Fé demais...
- PENSAMENTO NOVO, PERÍODO NOVO. É comum, entre os que iniciam, misturar no mesmo período ideias que não se completam. Tome por norma: ideia nova, período novo. Veja, entretanto, que isso nem sempre significa parágrafo novo.
- CUIDADO COM PERÍODOS MUITO LONGOS: resultam confusos e são propícios a períodos incompletos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AGORA VOCÊ PODE COMENTAR...